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O rebaixamento norte americano semelhante à queda de uma equipe grande no futebol afeta os rendimentos de seus concorrentes e parceiros e não há como ter previsão de quando o país emergirá e como estará no seu retorno aos emergentes.
Envolto nessa maré de incertezas o governo dos EUA tem uma certeza para levantar o mastro e pegar ventos bons; a desvalorização de sua moeda, o que traz ventos ruins para países que concorrem com produtos exportados pelos americanos, como é o caso do Brasil, pois essas nações terão dificuldades em suas saídas devido à baixa cotação dos produtos norte americanos exportados.
Outro fator que pode interferir na exportação brasileira é o chamado “custo Brasil” (conjunto de dificuldades como alta taxa tributária e burocracia que dificultam os investimentos na economia nacional) e nesse caso quem se beneficia com a maré favorável são os europeus. Reúna a desvalorização da moeda americana com o maior poder de exportação europeu e a indústria brasileira juntamente com a sua exportação podem enfrentar mares tempestuosas.
Para poder enfrentar esse mar tempestuoso que se aproxima do horizonte da embarcação nacional o Brasil deve e já vem adotando políticas fiscais e tributárias para valorizar sua economia e incentivar o consumo interno. A desoneração da folha de pagamentos vem acontecendo em alguns casos, contudo uma reforma tributária, mesmo que em proporções menores é necessária para uma redução da carga de impostos, não deixando a economia nacional à deriva.
A resposta inicial do país a maré baixa americana foi positivo com um superávit da balança comercial de US$ 1, 054 bilhão na primeira semana do mês de agosto. Desde o início do ano a balança comercial tem apresentado saldo positivo, provocado principalmente pelo preço das commodities. Ventos bons que pelo menos aparentemente indicam que o país não ira afundar no mar da crise.
– Robinson Passos de Castro e Silva – Presidente da Rede Nacional de Contabilidade – (www.rede-rnc.com.br; @RedeRnc e www.rede-rnc.com.br/blog)
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