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A resposta para a pergunta do título vai além de duas alternativas. Na verdade, o mercado de tecnologia quer os competentes, independente se são CLT ou Pessoa Jurídica. É interessante pontuar que ambas as modalidades de trabalhadores existem e são demandados pelo mercado que está aberto para aqueles que atendam as expectativas.
Ivan Panício, Diretor Comercial Nacional de Alocação da Ewave do Brasil, diz que é importante diferenciar ambos perfis:
O trabalhador com CLT
Quem é muito focado em CLT dificilmente será um terceirizado PJ. Este profissional que opta pela CLT quer trabalhar com segurança em um ambiente aparentemente mais sólido com benefícios como vale transporte, refeição, décimo-terceiro, FGTS e plano de saúde. Em contrapartida ele paga por tudo isso, dependendo do quanto ganhar, até 30% por estas conveniências:
"Não é errado o profissional querer trabalhar nestas condições. Existem colaboradores que ainda querem este modelo que está garantido por lei. Acontece que antes só havia este caminho possível, e agora temos uma via alternativa que é a Pessoa Jurídica. Mas quem tem mentalidade CLT não está fora do mercado de trabalho se for comprometido e possuir todos os requisitos técnicos e comportamentais" explica Ivan.
O trabalhador Pessoa Jurídica (ou PJ)
São os profissionais que viraram gestores de suas carreiras e não estão preocupados se a empresa dará algum tipo de segurança ou benefício. É o que Ivan chama de empregabilidade, cujas competências chegaram em um nível tão alto que as empresas é que querem ele, e não mais o contrário:
"O PJ cobra um pouquinho a mais justamente por possuir esta gestão da sua carreira e saber que é necessário ter uma previdência particular. Se quiser ter plano de saúde ou qualquer outro benefício, não há a necessidade da dedução de 30% de seus ganhos. É possível pagar um plano de saúde de acordo com o seu bolso e necessidade, por exemplo."
O mercado está mais PJotizado ou CLTista?
Panício explica que o mercado está dividido em partes iguais - metade prioriza segurança e a outra parte quer a empregabilidade - mas a tendência é reduzir o número de CLTistas nos próximos anos: "Há uma explosão de empreendedorismo. O empreendedor não quer saber mais de CLT e ser microempreendedor é fácil hoje. Em menos de uma hora é possível abrir uma empresa, pagar 50 reais por mês e já está contribuindo para a aposentadoria. São outros gastos, mas cada profissional deve saber canaliza seus ganhos”.
A CLT não vai acabar, mas Panício explica que teremos cada vez mais novos empreendedores - conscientes com dinheiro e que sabem gerir suas carreira.
Quem contratar PJ precisa ficar atento! Se não souber lidar com o profissional, as chances deste pular para outro job são grandes: "Precisa elevar o nível de parceria para que este profissional não busque outros trabalhos. Ele é livre, lembre-se disso" alerta Panício.