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A Política Nacional do Meio Ambiente tem a função de apontar os possíveis riscos que um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a implantação do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental. O homem ainda vem, em muitos casos, destruindo de forma sistemática o Meio Ambiente, não somente em razão da retirada de materiais, mas também através do acúmulo de derivados, que descarta de forma desordenada.
Segundo a Resolução CONAMA nº 01/1986, considera-se impacto ambiental qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas e biológicas do ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do ambiente e a qualidade dos recursos ambientais (BRASIL, 2022, site).
Construtoras, por exemplo, já estão adequando seus projetos e obras com o propósito da harmonia social, do resgate da Natureza e da contribuição para a diminuição do GEE (Gás de Efeito Estufa) e outros males. A escolha estratégica dos locais, normalmente próximos ao centro, escolas, parques e hospitais, visam otimizar o tempo e facilitar a vida de seus moradores, o que também é um ponto que ajuda na preservação do todo.
O projeto destas obras voltadas para o conceito verde sustentável tem a proposta de oferecer coletores de água da chuva, captação de energia solar, maior área permeável, ótimos espaços de lazer (leituras, espaço zen, academia, espaço de convívio social), coworking e o máximo de aproveitamento no paisagismo com o plantio do maior número de espécies possíveis, inserindo a Biofilia, que é conectar o ser humano com a natureza.
As construtoras/incorporadoras estão se alinhando com a questão de projetos para causar menor impacto ambiental, destaque no paisagismo, bem-estar na vida em condomínio e mais lazer e serviços em busca de um futuro melhor.
De modo geral, estamos vendo uma preocupação, ou no mínimo um interesse de toda comunidade, sejam construtores ou compradores das unidades, com relação ao que podemos fazer de melhor para melhorar o planeta como um todo.
O problema é que tudo isso acontece de forma lenta e pontual, não gera mudanças perceptíveis. Daí entra uma outra questão: quando não vemos efetivamente mudança nos resultados, acabamos aos poucos deixando de fazer nossa parte e de cobrar as organizações para que façam a sua.
Acredito que temos que ter quatro pilares para que possamos fazer com que projetos sustentáveis não acabem “morrendo”. São eles:
Se conseguirmos juntos - construtoras, loteadoras, empresas, governo e consumidor final - estar alinhados com esses quatro pilares, temos enorme chance de perpetuar nossa atenção e cuidado com o meio ambiente.
Se não for dessa forma, será o famoso “fogo de palha”, ou seja, algo que por um período curto de tempo terá nossa total atenção, mas, com o passar do tempo, irá “morrendo”.
Vou citar dois exemplos de coisas que escutamos mas não levamos adiante. Primeiramente, o lixo plástico. Trata-se de um enorme problema para o meio ambiente, usamos abusivamente, mas somente quando vemos alguma reportagem a respeito é que colocamos em prática o controle sobre o uso excessivo desse material. Após algum tempo, esquecemos e voltamos a usar exageradamente.
Também entra aqui a instalação de meios sustentáveis e limpos, como aquecimento e energia solar. São equipamentos caros que os tornam inacessíveis para a maioria das pessoas.
O fato é que, se realmente quisermos um mundo melhor, teremos muito trabalho pela frente.
Sobre Charles Everson Nicoleit
É gestor de obras e empresário com quase 30 anos de experiência nesse segmento. Também é membro de associações da construção civil, construção selo verde e sustentabilidade. Possui diversas certificações e cursos que o habilitam como referência no mercado de construção civil. Para mais informações, acesse https://www.linkedin.com/in/charles-nicoleit-37654562/. Para mais informaçoes, acesse charlesnicoleit@hotmail.com