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Bancários de São Paulo, Osasco, Porto Alegre e Florianópolis de bancos privados, da Nossa Caixa e do Banco do Brasil (BB) aceitaram ontem a proposta de convenção coletiva apresentada na quarta-feira pelos bancos e encerraram a greve iniciada há 15 dias.
Os sindicatos de categoria fizeram assembleias nos 26 Estados e no Distrito Federal. Até o fechamento desta edição, a maioria ainda estava em andamento. Segundo sindicalistas, a tendência era de aprovação da proposta dos bancos, com a volta ao trabalho.
Os funcionários da Caixa Econômica Federal, no entanto, decidiram continuar em greve. A razão foi a falta de avanços nas reivindicações específicas.
As assembleias dos trabalhadores dos bancos privados e do Banco do Brasil seguiram a orientação do Comando Nacional, que defendeu a aprovação da proposta e o fim da greve.
"Pelo sexto ano consecutivo, os bancários conseguiram aumento real de salários, graças à forte greve da categoria", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Para o Comando Nacional dos Bancários, houve avanços na proposta dos banqueiros, aprovada ontem. Ela prevê reajuste salarial de 6%, o que representa aumento real de 1,5% em relação à inflação medida pelo variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até setembro, data-base da categoria, que foi de 4,44%.
Os bancários reivindicavam reajuste de 10% e a proposta inicial dos banqueiros era de 4,5%.
"A proposta atende em parte as nossas reivindicações e, depois do tempo de greve, acreditamos que o processo negocial chegou ao limite", defendeu o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Marcel Barros.
Ele ressaltou que a campanha salarial deste ano resultou na conquista de índice de aumento real maior que a de anos anteriores. "A categoria vinha conseguindo índice de aumento real, em media, 20% acima da inflação. Este ano, o aumento foi 34% superior ao INPC, o que é significativo."
Além disso, Ramos lembrou que, inicialmente, os banqueiros queriam reduzir a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) a 4% do lucro líquido, mas categoria conseguiu "arrancar" proposta que manteve o teto de distribuição em 15% e evitou redução em relação ao que foi pago em 2008.