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A Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) inaugurou um Centro de Inovação e Tecnologia (CIT), na capital paulista, para demonstrar como a adoção de sistemas simples podem facilitar a gestão e elevar a lucratividade tanto das micros quanto das grandes empresas. O espaço já está aberto para receber estudantes, empreendedores e profissionais em geral, interessados em conhecer ferramentas úteis em todo o processo produtivo, até o varejo.
No CIT, é possível conhecer equipamentos para armazenamento robotizado, sistemas de rastreabilidade e soluções para dar maior segurança ao consumidor em relação a alimentos e medicamentos. Facilidades que podem ser obtidas com a simples adoção de códigos de barras, por exemplo, que permitem identificar o trajeto de produtos desde a fábrica, dar eficiência à gestão de estoques e, assim, melhorar os lucros.
A padronização da GS1 é a mesma usada por 1,4 milhão de empresas em 150 países. Por isso, permite que desde o pequeno produtor de frutas, interessado em exportar, possa buscar soluções com códigos que deem segurança ao processo. Em um pequeno selo, já comum em produtos de hortifrúti com maior valor agregado em supermercados pelo País, é possível incluir informações como variedade, lote, validade e preço.
Para pequenos empresários, a boa notícia é que os investimentos necessários são cada vez menores. Ao menos 90% das 57 mil empresas que são associadas à GS1 Brasil são micro e pequenas. "Os custos vêm diminuindo porque o nível tecnológico tem aumentado e a massa crítica também, o que diminui custo unitário", diz o presidente da entidade, João Carlos de Oliveira.
Ele conta que há desconhecimento sobre processos de automação e que há uma visão de que não se trata de um processo prioritário, principalmente nas pequenas empresas. "Apesar de o controle de estoque ser algo básico, muitos pequenos empresários não fazem isso, mas podem se atualizar somente com a adoção do código de barras", diz.
Parceria com Sebrae
A GS1 Oferece cursos gratuitos presenciais e capacitação para uso de ferramentas por meio do Sebrae. O coordenador de Comércio do Sebrae no Paraná, Osmar Dalquano, afirma que é possível entrar em contato com o GS1 para obter propostas de acordo com o porte e o mix de produtos de cada empresa. "O código de barras permite a rápida captação de dados sobre vendas, o controle de estoque e a emissão de relatórios para dar rapidez à tomada de decisões", diz, ao completar que as ferramentas permitem a maturação dos negócios.
Outra ferramenta disponível no CIT que atende essa necessidade é a identificação de produtos por radiofrequência. Segundo a GS1, uma grande marca de loja de departamentos dos Estados Unidos adotou o sistema e passou a determinar, dia a dia, a quantidade e a numeração de calçados mais vendidos. Isso permitiu a rápida reposição do estoque de forma inteligente, aumentando o lucro sobre o produto em 20%. "A tecnologia hoje está mais barata e, em longo prazo, dará maior eficiência às empresas", conta Dalquano.
O repórter viajou a São Paulo a convite da GS1 Brasil