Tel: 11 2645-1048
SÃO PAULO – O mercado de criptomoedas abre esta segunda-feira (20) em baixa com nova correção do Bitcoin (BTC), que voltou a ser negociado abaixo de US$ 44.500 durante a madrugada em movimento ligado à crise imobiliária chinesa após outra queda das ações da gigante Evergrande. Os papeis da segunda maior incorporadora do país começam a semana atingindo a mínima de 11 anos, intensificando o sentimento de aversão ao risco entre investidores.
O recuo do Bitcoin começou ainda na noite de domingo (19). Por volta das 23h, o preço da criptomoeda registrava cerca de US$ 47.400 e iniciou queda que logo chegou a US$ 45.700. Após tentar se equilibrar nesse patamar, um novo mergulho aconteceu após as 4h40, quando a cotação bateu US$ 44.487 na média das principais bolsas de cripto do mundo.
No fechamento da matéria, o preço do BTC era negociado a R$ 44.884, em queda de 7% nas últimas 24 horas e de 13,4% nas últimas duas semanas. Demais criptomoedas, no entanto, registram perdas maiores, com todas as 100 de maior capitalização em terreno negativo nesta manhã. A Cardano (ADA), por exemplo, cai mais de 10% e já passa de 27% de perdas em 14 dias.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 8h:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 44.884 | -7% |
Ethereum (ETH) | US$ 3.148 | -8,1% |
Cardano (ADA) | US$ 2,13 | -10,3% |
Binance Coin (BNB) | US$ 383 | -6,8% |
XRP (XRP) | US$ 0,959 | -11,1% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
THORChain (RUNE) | US$ 8,06 | -16,3% |
Terra (LUNA) | US$ 30,43 | -15,7% |
Harmony (ONE) | US$ 0,136 | -15,6% |
Hedera Hashgraph (HBAR) | US$ 0,353 | -15,6% |
Icon (ICX) | US$ 1,62 | -15,1% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 46,35 | -1,76% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 59,40 | -1,92% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 53,76 | -4,53% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 15,90 | -0,93% |
QR Ether (QETH11) | R$ 13,14 | -4,78% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (20):
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, afirmou nesta manhã que o governo do país aproveitou a baixa dos preços do Bitcoin para voltar às compras. Segundo o mandatário, após nova aquisição de 150 BTC, os cofres da nação centro-americana agora possuem 700 BTC, avaliados em cerca de US$ 31,5 milhões. Entretanto, críticos apontam que Bukele ainda não provou publicamente que o país detém essa quantia da criptomoeda, e que só estaria tentando surfar a popularidade que ganhou entre os apoiadores do Bitcoin nas redes sociais.
O protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) pNetwork confirmou no último domingo (19) ter sido alvo de um hack responsável pelo roubo de 277 BTC, o equivalente a US$ 12,7 milhões no momento do ataque. Os bitcoins haviam sido depositados por usuários para lastrear o pBTC, uma versão da criptomoeda que pode ser movida entre diferentes blockchains compatíveis com tokens criados no Ethereum (ETH). Os desenvolvedores dizem ter identificado a brecha de segurança, mas não detalharam como a ofensiva se deu. Eles oferecem US$ 1,5 milhão de recompensa para quem ajudar a encontrar o hacker.
O contrato de staking (depósito com rendimento) da Ethereum 2.0 já acumula 7,7 milhões de ETH, o equivalente a cerca de US$ 25 bilhões – aproximadamente 50% a mais do que a quantia registrada há quatro meses. A marca aponta otimismo dos investidores, já que o depósito no contrato só entregará os cerca de 23% de rendimento prometidos em 2022, quando a mudança para a ETH 2.0 chegar à próxima fase – e a partir da qual se espera que a segunda maior criptomoeda do mundo se torne deflacionária.
Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, principal patrocinadora da Solana, disse em entrevista à Bloomberg na noite de domingo (19) que a pane que afetou a rede do token SOL na semana passada foi “triste e frustrante”. A Solana saiu do ar por quase um dia inteiro no dia 14 de setembro após um pico de 400.000 transações por segundo esgotar seus recursos. Os desenvolvedores foram obrigados a reiniciar a blockchain. Segundo o bilionário, escalar um projeto como esse leva “a testar os seus limites”, e que, “se você nunca fizer isso, o setor pode nunca chegar a um ponto em que seja capaz de escalar para suportar grandes protocolos”.