Tel: 11 2645-1048
O Ibovespa mal teve tempo de “saborear” a máxima histórica, que um novo temor tomou conta dos mercados. Na última semana, o patamar dos 136 mil pontos do índice dividiu as atenções com a possibilidade de uma nova alta na taxa Selic.
A expectativa de elevação da taxa de juros passou a ganhar força nas últimas semanas mediante as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo.
O estopim foi na última quinta-feira (22), quando Galípolo disse que “subir juros é uma situação cotidiana para quem está no Banco Central”, durante evento da Fenabrave. No mesmo dia, ele voltou a reforçar que “ a alta de juros está na mesa”.
As falas mexeram com o mercado e fizeram o dólar subir 1,78%, enquanto o Ibovespa fechou a quinta-feira em queda de 0,95%.
Nesse contexto, no painel de probabilidades da B3, as apostas em uma alta de juros em setembro saltaram de 47% para 66%. Além disso, 6 entre 24 instituições financeiras consultadas pela Folha acreditam que o Banco Central pode aumentar a Selic de 25 a 50 pontos-base em setembro.
Entre as instituições que acreditam que os juros podem voltar a subir, estão o BTG Pactual e a XP Investimentos. Na expectativa de ambas, a Selic deve terminar 2024 em 11,75% – o que representa uma alta de 1,25% na taxa.
Com casas renomadas apostando numa escalada dos juros, a preocupação de muitos investidores aumenta. Contudo, para o CEO da Empiricus, Felipe Miranda, desta vez “a alta da taxa de juros pode ser boa para os ativos de risco”.
Selic sobe e a bolsa também?
Em uma live exclusiva para assinantes, Miranda destacou que a possibilidade da bolsa valorizar por conta de uma alta na Selic pode parecer contraintuitivo. Mas a ideia passa a fazer mais sentido, quando o investidor entende “aonde a gente está no ciclo”, aponta.
Miranda explica que “a credibilidade da política monetária brasileira estava muito em risco desde aquele 5 a 4 do Copom”.
Na reunião de maio, 5 diretores eram a favor da manutenção do patamar de juros. Enquanto que 4 votaram pelo corte de mais 50 pontos base na Selic.
Além da divergência entre os integrantes do Copom, chamou atenção o fato de que os que defendiam o corte de juros foram justamente os diretores ligados ao atual governo, entre eles, Gabriel Galípolo que já era apontado como sucessor de Campos Neto.
Diante disso, o mercado começou a questionar qual seria o rumo da política monetária a partir de 2025. Felipe Miranda aponta que, entre os principais medos, estavam a possível perda da âncora monetária, o que levaria a uma disparada do dólar – que naquele momento já chegava aos R$ 5,70 – e das expectativas de inflação.
Assim, desde o “5 a 4”, o Banco Central vem tentando recuperar a credibilidade diante do mercado. Nesse sentido, o analista acredita que as falas de Galípolo são uma tentativa de mostrar que, se for necessário, ele irá adotar uma postura mais dura, inclusive aumentando juros.
Por outro lado, de tanto tentar provar que pode assumir uma postura mais hawkish, o aspirante a presidente do Banco Central acabou aumentando as expectativas de uma Selic mais alta até o fim do ano.
Mas para Felipe Miranda, uma alta de juros na próxima reunião não seria algo negativo.
O analista aponta que “embora a alta da Selic em si, seja ruim para os ativos de risco, o que se ganha com credibilidade e compressão dos prêmios de risco, ligados ao ‘kit brasil’ é maior [que o efeito da alta dos juros]”.
Ou seja, no final das contas, o impacto da alta da Selic pode ser mais positivo do que negativo, já que reduz os anseios de interferência política nas decisões do BC em um possível mandato de Galípolo.
Diferentemente do que projetam algumas casas, Miranda não acredita que a taxa de juros chegue aos 11,75% ao ano. Por outro lado, ele reforça que “um aumento de 50 pontos agora, recupera a credibilidade [do Banco Central] e o dólar provavelmente cai”, movimentos que podem fazer os ativos de risco valorizarem.
Nesse sentido, o analista aponta que alguns setores como incorporadora e shoppings podem se beneficiar de uma rápida alta dos juros. Assim, entre as 10 melhores ações para comprar agora a casa recomenda Iguatemi (IGTI11) e Direcional (DIRR3).
Mas elas não são as únicas que podem surfar a alta da Bolsa
Felipe Miranda explicou que uma alta de 50 pontos-base na Selic, seguida de um corte de mesma magnitude, pode aliviar a expectativa de juros no longo prazo e beneficiar empresas como Iguatemi e Direcional.
Contudo, essas não são as únicas empresas com potencial para surfar a alta da bolsa, mediante à retomada de credibilidade do Banco Central.
Os analistas da Empiricus também apostam em outras oito ações que podem entregar bons retornos para os investidores agora.
A boa notícia é que você pode conhecer gratuitamente a carteira completa com as 10 ações recomendadas pela Empiricus para comprar agora.
Os analistas da casa elaboraram um relatório no qual explicam o contexto macroeconômico e revelam as ações para investir nesse cenário.
Para conhecer a carteira completa, é só clicar no botão abaixo e seguir as instruções.
Fique tranquilo, pois o acesso é gratuito mesmo e em nenhum momento você será cobrado por este conteúdo.